+ Um ano de posibilidades e escolhas - nem fácil ou simples!

+ Um "ano de eleição"

Como não poderia deixar de ser para alguém que se considera urbana, e que cada vez mais enxerga as deficiências desta condição, a questão que se apresenta hoje, século XXI, é a da responsabilidade e noção de legado desta mesma condição, ainda precária.

Precária pelas diferenças e sobretudo pelas desigualdades de tempo no espaço, segundo meu caro amigo Marcelo da Silva Werner. E quando trato desta questão procuro enfatizar o tempo da ação, do fazer, do construir e do envolvimento ético e político com este mesmo tempo.

Tempo também de escolhas, que podem e devem ser pautadas pelo mínimo de exigência com a vida nas cidades e para todos.

Escolhas dizem de planos e projetos políticos.

Como saber se são válidos? Até que ponto respondem aos problemas urbanos (sociais, educacionais, de saúde, infra-estruturais - água, esgoto, luz, outros serviços)?

Sei que o problema de ausência de bons parâmetros contribui em muito para a baixa qualidade do que existe e compromete também o nível de exigência daquilo que é possível. Se não sabemos como pode ser, podemos cobrar outras possibilidades?

Outra questão que se coloca neste momento diz também do comprometimento e de um valor adormecido que diz da honra em cumprir aquilo que se promete. 

Que honra é esta?

Se somos todos cidadãos, e seres políticos por excelência, devemos colocar em prática nossa condição exigindo e cumprindo, direitos e deveres. Se não cumprimos com aquilo que nos diz respeito como cobrar dos outros que nos representam?

Enquanto os compromissos forem apenas com o bolso e o poder aquisitivo (próprio), não há representatividade que seja possível, pois a desigualdade está de frente, de lado, nos fundos, nos morros, nas bordas da cidade. E o tratamento desigual da cidade e seus cidadãos só contribui para o seu aumento.

Para a única perspectiva de representatividade política possível no momento (eleições municipais), respostas inteligentes e complexas são as únicas capazes de trazer diferença para o sistema existente. Sem educação e respeito pela população e seus saberes fica difícil fazer escolhas. Apenas com debate e conversas que definam quais são os problemas prioritários e como resolvê-los é que chegaremos a entendimentos e soluções melhores e mais amplas. E isto está para além de debates partidários, vai de encontro com a população, como prega nossa Constituição e os Estatutos que a complementam.

Sem participação nos debates não há dialogo possível, nem direito, nem dever!






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